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Caixa Acústica Wharfedale Diamond 12.2 - Review Clube do Áudio

6 de outubro de 2022 – Reviews

Fernando Andrette.

Caixa Acústica Wharfedale Diamond 12.2

A fabricante inglesa de caixas acústicas Wharfedale, deu mais um passo importante na evolução da linha Diamond - que é um de seus grandes sucessos e um dos produtos mais antigos em produção pela marca, também. Essa é a décima segunda atualização deste modelo que, não parece, mas é de entrada. E como era de se esperar, a Wharfedale conseguiu um ótimo compromisso entre tecnologia embarcada, design e preço.

Nesta nova versão das bookshelf Diamond, a 12.2 aqui analisada, as mudanças não foram apenas estéticas. O gabinete, por exemplo, ficou ligeiramente maior e graças à modelagem 3D, utilizando a tecnologia Intelligent Spot Bracing, que conecta as paredes opostas do gabinete com uma forma específica de suporte de madeira, conseguiu-se uma redução ideal da ressonância, melhorando a inteligibilidade geral da caixa acústica, mas sem transformá-la em um modelo de transição para torre, mantendo seu tamanho condizente com os drivers, sem turbinar o gabinete com frequências que não se encaixam direito - que algo que nunca dá certo.

No teste de batidas na madeira com nó dos dedos, percebe-se o gabinete mais rígido em toda a extensão física, e não somente nos cantos o que é mais comum. Este novo travamento ajuda muito para um equilíbrio tonal superior.

O alto-falante mudou por completo, desde sua forma e tamanho até os materiais empregados. Na 11.2 o cone era de Kevlar de 5 polegadas, um cone muito robusto e de excelente rigidez, mas com pouca musicalidade, na minha opinião. Neste novo projeto, a
Wharfedale utilizou um falante de 6,5 polegadas feito de um material bastante conhecido pela empresa inglesa: o polipropileno, que já foi utilizado em outros projetos.

Mas as semelhanças com os cones anteriores param por aqui, pois nesta nova roupagem há um elemento novo misturado ao polipropileno, este material é a mica, que faz toda a diferença na dispersão do cone que, para aumentar a rigidez, recebeu nervuras que estabilizam o movimento do conjunto sem adicionar peso extra. Eles deram o nome de Klarity - e devo dizer que clareza é o que melhor define a sonoridade deste novo cone.

E como não poderia ser diferente, essa clareza vem acompanhada de precisão rítmica, suavidade e delicadeza - como nos modelos anteriores. Outra coisa herdada dos modelos anteriores é o tweeter, que não sofreu mudanças significativas, sendo o mesmo domo de tecido de uma polegada encontrado em toda a linha Diamond.
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O novo crossover, com a topologia acústica LKR 24dB, utiliza indutores de núcleo de ar comumente encontrados em alto-falantes mais sofisticados. Seu maior benefício é a menor distorção, se comparados a outros tipos de indutores. Como a resistência da bobina é maior do que um indutor padrão de aço laminado ou núcleo de ferrite, a estrutura magnética do driver de médios/graves foi modificada para compensar, resultando em graves rápidos e limpos sem distorções provocadas pelo indutor.

Com essas melhorias, e o gabinete com litragem maior (11,8L), novo alto-falante e tweeter, a caixa agora responde com mais precisão de 50Hz a 20kHz, com sensibilidade de 88dB. Seu peso agora é de 8.2 kg, cada. A embalagem é de ótima qualidade, robusta - aguenta tranco e protege muito bem, além de acomodar as duas caixas em uma embalagem só.

Como toca.

Para o teste, utilizamos os seguintes equipamentos. Amplificador: integrado Sunrise Lab V8 SS. Fontes: toca-discos de vinil Timeless Audio modelo Ceres, com braço SME Series V e cápsula Hana HE. Cabos de força: Transparent MM 2, Sunrise Lab Premium Magic Scope. Cabos de interconexão: Sunrise Lab Premium Magic Scope RCA, Sunrise Lab Reference Magic Scope RCA, e Sax Soul Cables Zafira III XLR. Cabos de caixa: Sunrise Lab Reference e Quintessence Magic Scope. Pedestais: Timeless Audio, e Airon HE-470.

Uma coisa bacana das Wharfedale, é a facilidade de posicionamento - e com a Diamond 112.2 não é diferente, ela toca bem nas posições menos desfavoráveis com o pé nas costas. Mas, quando SIMULAÇÃO DA RESSONÂNCIA DE GABINETE EM FREQUÊNCIAS DE TESTE Antes da implementação do travamento Depois da implementação do travamento.

caixa-acústica-wharfedale-diamond-12,2

Inicialmente deixei a caixa no pedestal Airon com uma distância de 1,5 metro de distância da parede de fundo, 2,3 metros entre elas e 60 cm das paredes laterais. Nesta configuração a caixa tocou tímida, pois os graves estavam um pouco dispersos e com pouco foco. Eu achava que era do amaciamento, mas não. Era do distanciamento. O amaciamento melhorou estas questões, mas na nossa sala a Diamond 12.2 precisava encostar um pouco mais na parede de fundo, e afastar 10 cm nas laterais, com mais ou menos 5 graus de toe-in.

O amaciamento dura por volta de 320 horas e, no caso da Diamond 12.2, ela começa com uma extensão interessante, mas depois do amaciamento diminui um pouco dessa extensão, principalmente no tweeter, mas encaixa melhor a transição entre os drivers, não fica velada, as frequências ficam menos exageradas, e os agudos ganham decaimentos mais condizentes com seu porte do que quando tiradas da embalagem.

A sensação de amplitude de palco é muito boa. Quando encaixa bem o posicionamento do toe-in, a velocidade nos transientes e o foco vincado elevam e muito o nível da audição, melhorando a sensação de realismo. A energia e o deslocamento de ar são bons - se alguém espera uma caixa escandalosa, essa não é a caixa ideal para isso.

Ela dá um toque ousado, mas sem ser impetuosa ou exibida, deixando o sistema por trás dela se mostrar. Ela lida bem com muitos estilos musicais, sem preocupações com esse ou aquele estilo soarem exagerados. Ela não tenta roubar a cena te lembrando a todo momento que o som é dela - as coisas acontecem com maior discrição e, consequentemente, mais ajustados à realidade dela.

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A Diamond 12.2 gosta muito de ficar no triângulo equilátero, se você precisa de mais espaço entre elas e o ponto de audição, vai encontrar um pouco mais de dificuldade no ajuste. Talvez precise fechar um pouco mais o ângulo de toe-in, para não perder extensão no tweeter. Por outro lado, ela responde bem à troca de equipamentos eletrônicos e cabos, e talvez este seja o ponto a mexer para conseguir mais extensão, caso precise ficar mais longe da caixa.

Quando coloquei no pedestal Timeless, a Diamond 12.2 ganhou mais arejamento e texturas melhores, um palco mais amplo lateralmente e um pouco mais de silêncio de fundo. A ideia aqui é mostrar que, embora seja uma caixa de entrada, ela gosta de bons pares, e se precisar ‘temperar’ o resultado final, ela responde aos estímulos prontamente.

Conclusão.

A Wharfedale foi além do básico e deu à Diamond 12.2 mais do que se espera de um projeto de entrada, adicionando tecnologia e materiais sofisticados com preço honesto e muita qualidade em cada detalhe.

A Wharfedale Diamond 12.2 apresenta ao ouvinte uma sonoridade mais sofisticada sem os típicos excessos que nos fazem cansar da música em dez minutos de audição, colocando em evidência apenas o prazer em ouvir.

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ref. Clube do Áudio
Edição 283
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